escrevo risco
Há uns anos "descobri" na Quinta da Taberna (Videmonte) um homem que escrevia nas paredes. Escrevia tudo, mesmo tudo: datas da morte dos outros, dia das ceifas, avistar foguetes ao longe, quantos litros de leite deram as cabras ou que por ali passou um bando de passarinhos. Fiquei fascinado com este escrevinhador compulsivo. Depois escrevi uns textos, pedi para fotografarem as pedras e filmarem o pastor, fez-se o inventário de todas as inscrições (tudo isto reunido num caderno do Fio da Memória assinado por mim e por Ana Leonor Silva). Mas, pelos vistos, o assunto não estava arrumado na minha cabeça: um dos temas da Exposição Memória das Coisas foi precisamente sobre José Neto, o escrevinhador misterioso e obsessivo.
Mais tarde, Zigud quis fazer um filme sobre as minhas palavras acerca das... palavras daquele homem ("Um bando de passarinhos" estreia no TMGuarda no dia 24 deste mês). E, agora, eu, Zigud e o artista gráfico Jorge dos Reis vamos dar à estampa uma publicação heterodoxa acerca do mesmo tema. Trata-se de um livro/objecto e chama-se "escrevo risco" e é editado pela Luzlinar e pelos Bosq-íman:os livros. Dia 24 no CC às 18 horas. Estão todos convidados.
Mais tarde, Zigud quis fazer um filme sobre as minhas palavras acerca das... palavras daquele homem ("Um bando de passarinhos" estreia no TMGuarda no dia 24 deste mês). E, agora, eu, Zigud e o artista gráfico Jorge dos Reis vamos dar à estampa uma publicação heterodoxa acerca do mesmo tema. Trata-se de um livro/objecto e chama-se "escrevo risco" e é editado pela Luzlinar e pelos Bosq-íman:os livros. Dia 24 no CC às 18 horas. Estão todos convidados.